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Ludwig Feuerbach (1804-1872)

Baviera, filho de Anselmo Feurebach, Filósofo alemão. Nasceu em Landshust renomado jurista. Estudou teologia na Universidade de Heidelberg e filosofia na Universidade de Berlim, onde foi aluno de Hegel (1770-1831). Completou seus estudos na Universidade de Erlangen. Nesta instituição, passou a lecionar.

Devido a um escrito, publicado anonimamente, negando a imortalidade da alma, Feuerbach viu-se obrigado a abandonar a Universidade e a carreira docente.

Algumas de suas principais obras: Da razão una, universal, infinita; Pensamentos sobre a morte e a imortalidade; História da filosofia moderna; Exposição evolutiva e crítica da filosofia leibniziana; A essência do cristianismo; Tese para a reforma da filosofia; Princípios da filosofia do futuro; A essência da religião; Lições sobre a essência da religião.

O pensamento de Feuerbach parte de uma crítica radical à teologia, com relação à crença em Deus e na imortalidade da alma, e de uma contraposição à filosofia hegeliana, esta centrada na noção de espírito. Na medida em que os homens somente chegam às noções de eterno, absoluto, Deus e idéia a partir do limitado, do relativo, do homem e do real, estes devem constituir-se o verdadeiro saber condizente com o conhecimento filosófico.

O fundamento da realidade é, para Feuerbach, a Natureza, sendo o espírito, simplesmente, o nome utilizado para designar esta realidade. A teologia comporta, contudo, um elemento positivo; o pensamento do homem acerca de Deus o leva a conhecer, em um primeiro momento, a si próprio, uma vez que o homem é o único ente capaz de pensar o absoluto.

Contudo, o fato de pensá-lo não implica na existência disso que é pensado. Admitindo, com Hegel (1770-1831), o espírito como supremo valor, Feuerbach faz questão de frisar, contudo, que o espírito procede do homem enquanto ente natural; o espírito é, em última instância, produto dos fenômenos históricos pertencentes à ordem da Natureza.

O projeto de Feuerbach radica em uma tentativa de conduzir toda a teologia, enquanto conhecimento errôneo da realidade e de seu princípio, a uma antropologia. Conhecendo seu ser como, fundamentalmente, limitado, o homem pode chegar a um conhecimento de si que promove uma liberação de todo princípio transcendente.

Desta forma, o ateísmo de Feuerbach radica em uma finalidade ética, compreendida por este autor como a verdadeira e autêntica interpretação do cristianismo.

O pensamento de Feuerbach iniciou a formação da concepção materialista de Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895), apesar destes autores haverem, posteriormente, repudiado as teses do discípulo de Hegel (1770-1831).

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •