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Willard Van Orman Quine (1908 -)

Filósofo e lógico norte-americano. Nasceu em Akron, Ohio. Estudou no Oberlain College. Doutorou-se em Harvard, sendo orientado por Whitehead (1861-1947). Desejando aprimorar seus estudos de lógica, viajou para a Europa, estudando em Viena, Varsóvia e Praga. Nesta cidade, travou contato com Carnap.

Desde 1936, passou a lecionar na Universidade de Harvard. Devido a problemas de saúde, viajou para a Ilha da Madeira.

Posteriormente, residiu no Brasil, na cidade de São Paulo, por vários anos, lecionando na Universidade desta cidade. Algumas de suas principais obras: Um sistema de lógica; Lógica matemática; Lógica elementar; O sentido da nova lógica (publicado originalmente em português); Métodos de lógica; Desde uma perspectiva lógica; Palavra e objeto; Lógica da teoria dos conjuntos.

As principais contribuições de Quine dizem respeito à área da lógica. Desenvolveu soluções para questões pertencentes à teoria dos conjuntos. Propôs ainda uma divisão entre teorias da referência e teorias da significação, sendo ambas pertencentes a um ramo da lógica denominado, genericamente, semântica.

As primeiras investigam problemas relativos a designação, denotação, extensão, valores das variáveis, verdade. As teorias da significação, por sua vez, devem voltar-se para problemas de sinonímia, analiticidade, sinteticidade, implicação e intensão. Quine confere um novo significado ao termo ontologia, tornando-a matéria de estudo das teorias de referência.

Segundo este autor, toda interpretação implica uma ontologia, esta entendida como as entidades às quais as variáveis de uma teoria se referem, a fim de garantir a verdade das afirmações presentes nesta teoria. A ontologia expressa por Quine não expressa aquilo que há, mas antes, refere-se àquilo que um determinado discurso afirma existir.

No campo das teorias de significação, Quine recusa a distinção tradicional, entre enunciados analíticos e sintéticos. Assim, fazendo, Quine remete sua argumentação à afirmação de uma teoria pragmática da linguagem.

No caso de conflito entre os enunciados e a experiência, aparece a necessidade de revisão de todo o esquema lingüístico empregado, uma vez que este deve ser entendido, em última instância, como o instrumental que permite predizer a experiência futura desde o acúmulo de experiências passadas.

Neste sentido, a linguagem deve experimentar, ao longo de seu percurso, modificações de caráter estrutural, a fim de poder cumprir este objetivo último, de caráter pragmático.

Willard Van Orman Quine (EUA)

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •