Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)
(Brasil )
(Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida)
Contista, romancista, cronista, teatróloga. Viveu parte da infância em Campinas (SP). Estreou na imprensa em 1881, quando as mulheres mal iniciavam carreira literária em jornais no Brasil, publicando no semanário A Gazeta de Campinas. Fez conferências e colaborou em vários periódicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre eles Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, A Semana, O País, Tribunal Liberal. Casou com o poeta e teatrólogo português Filinto de Almeida, com quem dividiu a autoria do romance A casa verde. Seus livros retratam costumes da época e expõem idéias favoráveis à República e à Abolição, destacando-se sobretudo pela simplicidade, o que a tornou bem aceita pelo público e pela crítica. Ocupou a cadeira nº 26 da Academia Carioca de Letras. Com uma linguagem simples, Júlia Lopes Almeida revela em sua obra a atmosfera suave do ambiente tipicamente familiar. Em seu livro A árvore (1916), defende com rigor o ambiente natural, afirmando que "cortar uma árvore é estrangular um nervo do planeta em que vivemos", preocupação inusitada para a sua época. Brilhante e sensível, contestava, ainda que de maneira delicada e sutil, a discriminação contra a mulher. No entender de Lúcia Miguel Pereira, a autora deve ser considerada a maior figura entre os romancistas de sua época, não só pela extensão de sua obra, pela continuidade do esforço, pela longa vida literária de mais de 40 anos, como pelo êxito que conseguiu, com os críticos e com o público. Para Josué Montello, "o que sua voz revela, no plano mesmo da superfície narrativa cheia de ações e peripécias, são os movimentos tornados gestos. Gestos ao mesmo tempo cotidiano e cerimoniais.
Fonte www.bn.br
Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida (brasileira - séc XIX)
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Obra:
A Intrusa