Clique aqui para entrar em Literatura_e_Leitura
urs.bira@uol.com.br

Imprimir esta página Home page de Ubiratan Voltar à página anterior

Campos Sales

Manuel Ferraz de Campos Sales, presidente da república (1898-1902), nasceu em Campinas (SP) em 13 de fevereiro de 1841. Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1863. Seu nome está envolvido na campanha republicana e na Convenção de Itu (18 de abril de 1873), que fundou o Partido Republicano Paulista. Foi deputado provincial em São Paulo (1867 e 1881) e em 1885 eleito deputado pela mesma província.

Com a proclamação da república (1889), ocupou no governo provisório a pasta da Justiça, mas deixou o cargo com a demissão de todo o ministério em 21 de janeiro de 1891. Foi ainda senador (1891-1896) e governador de São Paulo em 1 de maio de 1896, porém permaneceu no cargo até 1897, quando foi escolhido para a sucessão de Prudente de Morais. Foi eleito presidente da república em 1898.

Eleito presidente viajou até a Europa para negociar com banqueiros ingleses a nossa dívida externa (funding loan). Seu governo foi marcado pela tentativa de enfrentar a crise financeira e econômica, onde se destacou a figura do ministro da fazenda Joaquim Duarte Murtinho. Este negociou o funding loan, pelo acordo, os credores europeus suspenderiam por algum tempo a cobrança de juros da dívida externa anterior e, mediante um novo empréstimo, destinado a restaurar a economia brasileira, criaria condições para saldar o débito anterior.

O governo de Campos Sales foi sustentado com base nas oligarquias estaduais através da política dos governadores, na qual o governo federal daria todo o seu apoio às oligarquias estaduais e esta, em troca, comprometer-se-iam em seus estados a eleger para o Congresso, somente candidatos estaduais que fossem simpatizantes do presidente da república. Esta política consistia em adaptar a república aos interesses dos fazendeiros de café dos dois maiores e mais ricos estados na época - São Paulo e Minas Gerais.

A questão do Amapá (1900) em litígio com a França foi resolvida em seu governo, determinando que a fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa seria o rio Oiapoque. O governo da Suíça, escolhido o árbitro da questão, deu ganho de causa ao Brasil, destacando-se nas negociações a figura do Barão do Rio Branco.

Cumprindo o seu mandato presidencial foi ainda senador por sua província natal. Morreu em Santos em 28 de junho de 1913.



Retorna

Fonte: •Enciclopédia Digital 99 •(Literatura e Leitura)•