Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicólogo suíço, nascido em Kesswil, foi um dos primeiros seguidores de Freud, com quem rompeu posteriormente, ao renegar a explicação freudiana de que, absolutamente, todos os fenômenos psíquicos estariam relacionados às experiências que condicionam o instinto sexual no período da infância, cujo efeito destas experiências permanecem latentes no inconsciente individual.

Jung foi além do conceito do inconsciente individual ao ter sido o primeiro estudioso a admitir a existência de um inconsciente coletivo cujos elementos seriam herdados de séculos de experiências e impulsos dos antepassados.

Graduado em Medicina nas Universidades de Basel e Zurique, passa a realizar estudos que o levam à fama internacional e ao trabalho em conjunto com Freud. Sua independência em relação às teorias freudianas acerca da interpretação da libido é logo expressa através de sua obra Psicologia do Inconsciente, de 1912, em que estabelece relações entre as fantasias psicóticas humanas a antigos mitos, denominando arquétipos as imagens simbólicas universais que povoam o mundo do inconsciente.

Estudou amplamente os sistemas simbólicos coletivos expressos em religiões e mitologias de vários povos e épocas, estabelecendo correspondências daqueles com as simbologias individuais. Ainda nesta obra propõe um nova formulação acerca da libido, que se trataria então de uma força criadora manifestada em diversas formas.

Jung afirmou que o estado de equilíbrio psíquico pode ser atingido através da harmonização entre os arquétipos do inconsciente coletivo com as experiências conscientes. Jung foi portanto um dos fundadores do movimento da psicologia analítica, tendo descrito alguns de seus principais fundamentos na obra Contribuições à Psicologia Analítica e ainda presidindo a Sociedade Internacional de Psicologia Analítica.

Outro fruto de suas pesquisas cuja referência é fundamental foi publicado sob o título Tipos Psicológicos, em 1921, onde Jung formulou uma dicotomia tipológica através da distinção das duas principais direções que esta força criadora pode assumir, direções estas denominadas introversão e extroversão, cujo conteúdo trata-se de uma grande contribuição no campo da Tipologia.

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