A partir de 1768 os poetas da região de Minas assinalaram a Reação Neoclássica Francesa e Italiana, em que o gosto pelo simples, espontâneo e natural foram característicos da Arcádia.
Cláudio Manoel da Costa (na época, assumindo o nome arcádico de Glauceste Satúrnio) foi o iniciador e mestre do movimento arcádico no Brasil, que em 1768 fundou a Arcádia Ultramarina.
Nesse mesmo ano publicou Obras (Coimbra, 1768), sonetos de reflexão sobre a vida moral e sentimental. Tomás Antônio Gonzaga escreve Marília de Dirceu em duas partes (Lisboa, 1792 e 1799), Manuel Inácio da Silva Alvarenga escreve Glaura (Lisboa, 1798).
José Basílio da Gama compôs o Uraguai (Lisboa, 1769), baseada na guerra de Portugal e Espanha contra os índios dos Sete Povos das Missões do Uruguai, no Rio Grande do Sul. Frei José de Santa Rita Durão, publica o Caramuru (Lisboa, 1781).
Esta obra, com dez cantos em oitava rima, descreve a paisagem e os indígenas com seus costumes e lendas. Tomás Antônio Gonzaga, em tom satírico, publica Cartas Chilenas, com epístola introdutória de Cláudio Manoel da Costa.
Essas cartas circularam na segunda metade do século, em cópias manuscritas, e ironizaram os desmandos administrativos do então governador de Minas Gerais. Ainda no século XVIII, Antônio de Morais e Silva escreveu o Dicionário da Língua Portuguesa (1789) .
Com a vinda da família Real para o Brasil, melhoram as condições da vida cultural brasileira com a instalação da imprensa, a criação de bibliotecas, museus e academias. Mesmo antes do romantismo, a cultura do país apresenta uma melhora sensível em seu padrão.
A oratória sagrada é cultivada com mais esmero por Francisco de Monte Alverne; o jornalismo político, através de Hipólito José da Costa, no Correio Brasiliense; além de Evaristo da Veiga e Bernardo Pereira de Vasconcelos.
Entre os poetas, José Bonifácio foi o mais culto dos brasileiros de seu tempo, que, além de memórias sobre mineralogia, agronomia, geologia e discursos, publicou Poesias Avulsas (Bordéus, 1825). Ainda surgiram José da Natividade Saldanha, cantor do movimento da independência, e Antônio Pereira de Sousa Caldas, orador sacro e poeta, em Poesias Sacras.
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