Revolução Comercial.

Foi a transformação verificada na economia da Europa, a partir do século XV, como decorrência do considerável desenvolvimento comercial da segunda parte da Idade Média e das descobertas do Novo Mundo.

Embora a designação de "revolução" não seja tão correta, uma vez que o movimento se efetivou durante aproximadamente dois séculos, e a melhor palavra que o define, porquanto as modificações na economia foram profundas e radicais, preparando o advento do moderno capitalismo.

• Características:

Algumas características devem ser destacadas na Revolução Comercial para permitir sua melhor compreensão, tais como:
1. ascensão do capitalismo ( o capitalismo se caracteriza por um intenso desejo de lucro - compreende pagamento de salários aos que trabalham - não fica estabilizado, é dinâmico - a essência do sistema é a propriedade privada e a livre concorrência);
2. incremento do sistema bancário - na maior parte da Idade Média o sistema bancário fora pouco desenvolvido, sendo controlado por árabes e judeus;
3. criação de companhias regulamentadas, que controlavam legalmente as atividades em determinadas áreas;
4. aparecimento do mercantilismo.

• O mercantilismo

Denomina-se mercantilismo uma série de medidas de ordem econômica e política, com que os reis procuravam aumentar o absolutismo monárquico e promover a prosperidade do Estado:

1. controle estatal - (o governo controla todos os ramos de atividade econômica e neles interfere participando, muitas vezes diretamente, dos empreendimentos comerciais);
2. o metalismo - predominância de metais preciosos. A prosperidade de um país está condicionada ao acúmulo de metais preciosos (principalmente ouro e prata) de que dispõe;
3. manutenção de uma balança comercial favorável - o volume de exportações sempre superior ao de importações;
4. exploração de colônias - a fim de tornar mais sólida a economia das Metrópoles, deviam ser exploradas as colônias que possuíssem metais preciosos ou produtos tropicais para o mercado europeu.

A exploração do Brasil e das colônias espanholas das Américas é fruto da política mercantilista européia.

O mercantilismo dominou em todos os países europeus, alcançando o apogeu no século XVII, para decair no seguinte. Dentre os defensores destacamos:

1. os ingleses Thomas Mum e Thomas Hobbes, ambos no século XVII;
2. o francês Jean Bodin, no século XVI.

• Conseqüências:

1. retorno à escravidão, conseqüência da exploração de colônias. Fora abolida na Europa desde o ano 1000 da nossa era;
2. maior desenvolvimento capitalista, fruto da evolução rápida das atividades mercantis e ampliação de mercado;
3. Revolução Industrial, cujos fundamentos foram aí assentados pelo grande acúmulo de capitais e o aparecimento de novas técnicas de produção fabril.