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Johann Friedrich Herbart (1776-1841)

Filósofo e pedagogo alemão. Nasceu em Oldenburg. Estudou filosofia na Universidade de Jena, sendo aluno de Fichte (1762-1814). Posteriormente, atuou como preceptor em Berna, onde travou contato com Pestalozzi. Em 1803, passou a lecionar na Universidade de Göttingen.

Seis anos mais tarde, assumiu a cátedra de Kant (1724-1804) na Universidade de Heidelberg. Em 1833, regressou a Göttingen. Nesta cidade, veio a falecer.

Algumas de suas principais obras: Pedagogia geral; Pontos capitais da metafísica; Pontos capitais da lógica; Filosofia geral prática; Conversação sobre o mal; Sobre a possibilidade e necessidade de aplicar a matemática à psicologia; A psicologia como ciência; Metafísica geral; Breve enciclopédia de filosofia; Para a doutrina da liberdade da vontade humana; Considerações analíticas do direito natural e da moral; Investigações psicológicas.

O pensamento de Herbart toma como ponto de partida uma postura cética frente os dados da experiência. O mundo sensível não pode corresponder à realidade última, uma vez que esta deve ser, necessariamente, simples, enquanto o sensível se encontra permeado de contradições.

A existência simultânea de uma coisa e de suas propriedades constitui uma contradição, pois faz conviver unidade e multiplicidade; a noção de unidade do eu, contraposta à variedade de representações, implica em contradição semelhante.

Assim, a filosofia deve proceder a um exame rigoroso de conceitos que forneça ao pensamento as leis através das quais ele pode ter acesso à realidade mesma. Herbart denomina a investigação filosófica de metafísica, e a faz consistir de duas partes: uma metodologia, que busca resolver as contradições da experiência, conduzindo-a a sua realidade simples e primeira; e uma ontologia, que explica a constituição e as leis que regem os seres simples, formadores do real.

Herbart desenvolve, juntamente com a elaboração de sua metafísica, considerações de ordem psicológicas e pedagógicas. A psicologia constitui o estudo das representações, elementos únicos formadores da vida psíquica, e responsáveis pela conservação do eu. Como ciência que estuda as relações entre elas, a psicologia deve fundar-se no método matemático.

Para Herbart, é preciso construir um sistema pedagógico que proceda, a um só tempo, das investigações psicológicas e éticas. Tal sistema deve promover o desenvolvimento da liberdade interna de cada indivíduo, que consiste na total concordância entre a vontade e a consciência do dever moral.

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •