Cruz e Souza (1861 - 1898)
Com a publicação de Broquéis em 1893, o escritor Cruz e Sousa (João da Cruz e Souza)inaugura o simbolismo literário, renovando profundamente a expressão poética de língua portuguesa. Cruz e Sousa chegou a ser colocado, pelo crítico francês Roger Bastide ao lado de grandes poetas simbolistas universais como Mallarmé e Stefan George.
Nascido em Desterro, atual Florianópolis, em 1861, o escritor era filho de escravos libertos pelo Marechal Guilherme de Xavier de Sousa, que o havia adotado desde a infância. Teve estudos de elevado nível até o segundo grau, os quais não pôde prosseguir em decorrência da morte do Marechal. A partir daí, passou a atuar em veículos de imprensa, em sua terra natal, escrevendo crônicas de caráter antiabolicionista.
Teve oportunidade de viajar pelo país afora, participando como ponto em uma companhia de teatro. Seu primeiro livro, em colaboração com Virgílio Várzea, foi publicado em 1885, com o nome Tropos e Fantasias. Nesta época, sua obra caracterizou-se pela sua luta antiabolicionista e contra o preconceito racial, do qual foi vítima constante, sobretudo na ocasião em que sua ocupação do cargo de Promotor fora vetada, cargo para o qual havia sido nomeado.
A partir de 1890, passou a integrar-se na Folha Popular, no Rio der Janeiro, onde formou, juntamente com B. Lopes, Oscar Rosas e Emiliano Perneta, o primeiro grupo de feições simbolistas no Brasil. O escritor, empregado em cargo singelo na Estrada de Ferro Central, acabou se casando com uma jovem chamada Gavita, cuja saúde mental logo se revelou instável.
Dos quatro filhos que teve no casamento, apenas dois sobreviveram antes da morte do escritor, resultada de tuberculose. Cruz e Sousa faleceu em uma estação climática em Minas Gerais, em 1898. Possuindo assim uma vida marcada pelo sofrimento sem trégua, a poesia de Cruz e Sousa une um estado de tensão interior aguda aos princípios simbolistas da infinitude da vida interior, sintetizada por vezes pelas decorrências sinestésicas e por motivos de sondagem psicanalista.
O tom maior das obras de Cruz e Sousa revela-se espiritualizante e transcendentalista, com a utilização formal da aglutinações sinestésicas unidas ainda a uma grande potencialização sonora das palavras. Sua obra constituiu uma legado fundamental para a literatura brasileira. (Fonte 1)
Texto da segunda fonte
Poeta, jornalista, professor. Filho de escravos alforriados, teve educação cuidada pelos antigos senhores de seus pais. Em 1882 e 1883, viajou pelo Norte do país, como secretário e ponto de uma companhia teatral. De novo em Desterro, integrou-se ao movimento abolicionista, atuando na imprensa. Indicado para uma promotoria pública em Laguna, no interior de Santa Catarina, teve a nomeação barrada devido ao racismo. Em 1885, funda o jornal O Moleque, título que deu lugar à exploração mordaz por parte dos adversários. Em 1890, já no Rio de Janeiro, ingressa no funcionalismo público, como amanuense da Estrada de Ferro Central do Brasil, cargo humilde e pouco rendoso, que não lhe permitia sair da vida de privações. Influenciado pelo movimento decadentista francês, lançou, no jornal Folha Popular, em 1891, com B. Lopes, Oscar Rosas e Emiliano Perneta, o manifesto que viria dar corpo ao movimento simbolista, iniciado com a publicação dos livros Missal e Broquéis. Ao lado das dificuldades financeiras, passou por muitos dissabores na vida intelectual, jamais logrando bom acolhimento nas redações dos jornais e nas rodas literárias. Seu sofrimento, acentuado pela morte do pai e pelo enlouquecimento da esposa, Gavita Rosa Gonçalves, conduziu-o a uma crise, que o levou a adquirir tuberculose, do que viria a morrer.
Fonte www.bn.br
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Cruz e Sousa - Biografia
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Cruz e Sousa (Escritor brasileiro)(wiki)
Cruz e Sousa
Obra: Tropos e Fantasias (em colaboração com Virgílio Várzea), 1885; Bróqueis, 1893; Missal, 1893; Evocações, 1898; Faróis, 1900; Últimos Sonetos, 1905; Obra Completa (com acréscimo de poemas inéditos), 1961.
Obras:
Broquéis (1893)(79K)(pdf)
Broquéis (zip)
Broquéis
Faróis (1900)(poesia)(zip)
Últimos Sonetos (1905)(poesia) - Resumo
Últimos Sonetos (Resumo)
Últimos Sonetos (zip)
Últimos Sonetos
Últimos sonetos (88K)(pdf)
Tropos e Fanfarras (1885)(prosa) - em conjunto com Virgílio Várzea
Missal (1893) (poemas em prosa) (zip)
Evocações (1898) - poemas em prosa
Poemas humorísticos (57K) (pdf)
O Livro Derradeiro - Cruz e Souza (zip)