Jean Baptiste Le Rond D‘Alembert (1717-1783)
Filósofo e matemático francês, entrou para a Academia Francesa em 1754 e foi nomeado seu secretário perpétuo em 1772.
Texto II
Jean Le Rond d’Alembert (1717-1783)
Filósofo iluminista. Nasceu em Paris. Estudou retórica e filosofia no colégio Mazarino, dirigido pela congregação jansenista. Formou-se em direito e medicina, e realizou vários estudos em física e matemática, escrevendo Dissertação a respeito do cálculo integral. Em 1741, entrou para a Academia das Ciências de Paris.
Seu mais importante trabalho científico é Tratado de dinâmica. Em 1751, iniciou, juntamente com Diderot(1713-1784) , a elaboração da Enciclopédia, escrevendo seu “Discurso preliminar”, um de seus textos mais conhecidos, bem como diversos artigos para esta obra, relacionados sobretudo à física e matemática.
Três anos depois, foi admitido como membro da Academia Francesa. Em 1759, abandonou à Diderot(1713-1784) a continuação da Enciclopédia, passando a dedicar-se exclusivamente a sua obra. Em 1772, foi eleito secretário perpétuo da Academia. Alguns de seus principais escritos: Reuniões de literatura, de história e de filosofia; Ensaio acerca dos elementos da filosofia; Sobre a destruição dos jesuítas.
Para D’Alembert, o conhecimento humano deve ter como principal objetivo a luta contra toda modalidade de superstições e mitologia, bem como contra as crenças e especulações acerca de uma realidade transcendente. Toda ciência deve constituir-se com base na experiência, além da qual não é dado à razão alcançar.
A observação conduz, por sua vez, à elaboração de princípios, os quais podem servir de guias para novas observações. Neste pensamento, a filosofia possui uma posição privilegiada, por ser compreendida como a ciência unificadora dos vários saberes; tal fato se dá porque, na concepção deste autor, o papel da filosofia é investigar de modo estritamente racional e demonstrativo as relações entre os princípios e os fatos, constituintes de todo conhecimento.
O desenvolvimento histórico das diversas ciências pode ser comparado com as diversas faculdades presentes na mente humana: a história pode ser identificada à memória, a filosofia e a ciência à razão, as artes à imaginação. Deste modo, o percurso histórico do conhecimento científico confunde-se com a história do conhecimento humano dos fenômenos constituintes da realidade.
Desta forma, conhecer a história é aceder ao conhecimento de si mesmo, da própria humanidade enquanto tal.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) rompeu relações com ele.
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