George Bernard Shaw (1856 - 1950)
George Bernard Shaw, dramaturgo e escritor irlandês de expressão inglesa, nasceu na cidade de Dublin. É considerado, depois de Shakespeare, uma das maiores personalidades da dramaturgia inglesa. Foi um excelente crítico teatral, contado entre os melhores de sua geração. Escreveu, também, romances no início de sua carreira literária, tratando-se da parte de sua produção artística que não chegou a obter sucesso. Portanto, duas são as atividades em que Shaw obteve grande destaque: como dramaturgo e como ensaísta e jornalista, atividade esta última que não abandonou até o final de sua vida e que influenciou em muito sua composição dramática.
O espírito irreverente de Shaw é demonstrado coerentemente em todas suas diversas atividades intelectuais: no teatro, trata de combater a hipocrisia, o puritanismo e o conservadorismo ingleses; no jornalismo, procura sempre subverter a opinião comum a todos por idéias diametralmente avessas; em seus ensaios, procurou trazer inovações para o mundo teatral inglês de então, como o fez ao tornar-se também um dos divulgadores do Socialismo inglês.
Em todas estas atividades Shaw fez sentir todo o vigor de sua irreverência: através de suas obras, que com o tempo encontraram a forma definitiva de uma exposição ininterrupta de idéias, em sua maioria deliberadamente contrárias às idéias encontradas na opinião geral “solidamente” instituída, sobretudo com relação à opinião geral inglesa, a qual chegou a contrariar grandemente, por exemplo, ao de certa forma descreditar o próprio Shakespeare em detrimento de sua proeminência pessoal como dramaturgo, sempre oferecendo uma nova visão bizarra e satírica através de seus pungentes comentários.
Mesmo procurando virar a opinião geral do avesso, marca portanto característica do dramaturgo, Shaw obteve grande influência na opinião pública inglesa. Exemplo de uma peça de Shaw que movimenta mais idéias que personagens é Geneva, de 1938, em que coloca em diálogo as personalidades de Mussolini, Hitler e Franco em diálogo, dando efeito surrealista à encenação e movimentando mais idéias do que personagens na atuação.
Shaw obteve o Prêmio Nobel em 1925 através da peça Saint Joan, considerada sua obra maior, em que satiriza o heroísmo militar através da figura de Joana D’Arc, o que exemplifica sua irreverência: através da história de D’Arc Shaw ridiculariza os “profissionais da guerra” e desmascara o mito das figuras históricas heróicas, o que foi tema constante em sua obra, surgindo também nas peças O Homem e as Armas, de 1898 e Androcles e os Leões, de 1913.
A independência ideológica de Shaw fez mira em outros temas como o sentimento religioso hipócrita, apresentado em Major Barbara (1905), e a exploração das classes miseráveis pela classe dominante, como em Casas de Viúvos (1892). Percebe-se assim a grande produtividade de Shaw, uma das figuras mais originais da dramaturgia de língua inglesa, que chegou a compor cinquenta peças teatrais, todas marcadas por seu estilo de homem público controverso.
Ver autores do Realismo na Irlanda
Biografia em outro site do autor irlandês
Prêmio Nobel de Literatura
Prêmio Nobel de Literatura (wiki)
Bernard Shaw
George Bernard Shaw (Irlanda)
Obras:
Peças Agradáveis
Peças Desagradáveis
O Homem e as Armas (1898)
Pigmaleão, 1912
O Dilema do Médico, 1906
Candida, 1898
Major Bárbara, 1905
Homem e Super-Homem, 1902
A Casa dos Corações Partidos, 1920
Santa Joana, 1923
Guia do Socialismo, Capitalismo, Sovietismo e Fascismo, 1928
O Que é o Quê na Política, 1944
Socialismo Para Milionários
Casas de Viúvo
A Profissão da Senhora Warren
Entre outros