um dos principais representantes da Escola de Filósofo e sociólogo alemão Frankfurt. Nasceu em Stuttgart, filho de família judaica, dona de uma pequena indústria. Em 1919, iniciou seus estudos universitários, estudando psicologia, filosofia e economia, nas universidades de Munique, Frankfurt e Freiburg.

Em 1922, ajudou a criar o Instituto de Pesquisa Social. Em 1930, foi nomeado seu diretor; na universidade de Frankfurt, assumiu simultaneamente a cátedra de filosofia social. Em 1933, foi forçado a emigrar para os Estados Unidos, devido à ascensão do partido nazista. Em Nova York, deu continuidade ao Instituto reorganizando-o nesta cidade a partir de 1934, em colaboração com Marcuse, Erich Fromm e, posteriormente, com Adorno (1903-1969).

Horkheimer atuou, ainda, como professor na Universidade de Colúmbia. Em 1940, mudou-se para Los Angeles, passando a dirigir a parte científica da Comissão Judaica Americana. Em 1949, regressou a Frankfurt. No ano seguinte, retomou sua atividade universitária e, em 1951, reorganizou o Instituto, juntamente com Adorno (1903-1969).

Ainda neste ano, Horkheimer foi nomeado reitor da Universidade de Frankfurt. A maior parte de seus escritos consiste em ensaios e estudos, elaborados, em sua maior parte, para a Revista de Pesquisa Social. Alguns de seus textos: Um novo conceito de ideologia; Materialismo e metafísica; O problema da verdade; O último ataque à metafísica; Teoria tradicional e teoria crítica.

Escreveu, em colaboração com Adorno (1903-1969), Dialética do esclarecimento.

Uma das principais contribuições da filosofia de Horkheimer reside em sua exposição de uma teoria crítica, noção que passou a integrar, fundamentalmente, o pensamento da escola de Frankfurt. Esta se opõe à chamada teoria tradicional, ideal científico da Modernidade, iniciado com o Discurso do Método de Descartes (1596-1650) e realizado de maneira plena pela doutrina positivista.

Esta teoria funda-se na exigência de redução de toda ciência a alguns poucos princípios de ordem geral, passíveis de ser expressos sob forma simbólico-matemática, e que possuem extensa aplicabilidade prática. Apesar de corroborar a eficácia deste modelo de cientificidade para a efetivação do domínio humano sobre a natureza, Horkheimer critica seu método de produção.

O trabalho científico é realizado à parte de toda realidade social; deste modo, este é um trabalho alienado de suas origens e fins, acabando por servir ingenuamente à propagação e perpetuação da ordem vigente. A este processo Horkheimer contrapõe a teoria crítica, que procede pela instauração de uma razão polêmica; esta parte de uma visão totalizante das relações sociais, buscando nelas o fundamento de toda exigência teórico-científica.

Somente a partir desta perspectiva é possível a instauração de uma teoria justa, atenta aos fins e meios político-sociais operados pela atividade científica.

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